
Roberto Ribeiro De Luca
Pensei
que
tudo o que vi,
vivi,
amei,
tivesse se
esvaído
no vento
do tempo,
impiedoso,
veloz,
destemido!
……………
Hoje
sei
que o próprio
tempo,
repleto de amarelo,
ilumina
os estilhaços
da vida
enterrados
pelo vento,
trazendo
de volta
à superfície,
entre os
escombros
da memória
morta,
o torpor,
o êxtase,
o choque
(da revelação
encantada),
unindo,
em instante
súbito,
o fluir do sangue
à veia que
se partiu
um dia…
pela expiração do próprio tempo!