Poesias
EU

Roberto Ribeiro De Luca
Deixei o que já fui,
passando ao que serei:
Sou!
Algo sidéreo flui…
Sou o que sou
e me basta!
Sei aonde vou,
nada me afasta do caminho.
Faço e desfaço,
ando e desando,
ganho espaço,
desafiando
quem me desafia.
Rubro e arminho,
ignoro acinte,
venço a porfia.
Vivo com requinte
sem nada ter de meu,
além do gosto por mim.
Um pouco nobre,
um pouco plebeu,
relicário de ouro,
moeda de cobre,
airoso espadachim!
E mais:
refratário aos ímpios!